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Voto de “cabresto” com menos força no 2º turno. MG é chave para reeleição de Bolsonaro.

  • Liberta Comunicação
  • 4 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

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O segundo turno é totalmente diferente. É quase uma nova eleição. No primeiro turno um exército de candidatos a deputados estaduais e federais correm atrás de votos, o que ajuda os candidatos majoritários ao Senado, aos governos estaduais e à presidência. No segundo turno, o esforço maior é só para quem ainda disputa.


É notório, está escancarado, e nem precisa entender de política para saber que, quanto mais pobre e menos escolarizada a população, maior é a compra de votos. De várias formas: contratação de cabos eleitorais, favores pessoais ou promessas de emprego, inclusive dinheiro vivo às vésperas da eleição. O "voto de cabresto", nessa parcela da população, infelizmente, prevalece. E vai continuar assim até que a população tenha mais informação, mais educação, maior consciência e menor dependência do poder público.


A compra do voto em dinheiro funciona assim: nas vésperas do pleito do primeiro turno (sexta-feira ou sábado), o eleitor de "cabresto" (nem todo eleitor carente é de "cabresto", ressalve-se!) recebe, “na moita”, claro, da liderança local (cabo eleitoral) um envelope com várias "colinhas" (para ele, familiares e amigos) da chapa completa (estadual, federal, senador, governador e presidente) e, o mais importante, um determinado valor em dinheiro!


Esses eleitores de "cabresto", antes ou durante a campanha, são previamente cadastrados com o nome completo, quantidade de familiares eleitores, todos com identificação, zona e seção onde vota. Isso serve como controle do candidato (facilmente verifica nos boletins de urnas quantos votos esperava e quantos teve) e também para intimidar o eleitor que pensa em trair.


No dia das eleições, "colinha" na mão e dinheiro no bolso, muitos desses eleitores nem sabem em quem votou! Apenas copia o que está no papel. É assim que sempre acontece. E aconteceu, agora, no primeiro turno dessas eleições, nas localidades mais pobres do país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.


Esse esquema profissional de compra de votos nunca deixou de existir no país. Antes eram os "Coronéis", hoje é a esquerda! No Nordeste, como se sabe, todos os governadores e a grande maioria de prefeitos, deputados e vereadores, são de esquerda. Nos grotões mais pobres, onde a população é mais carente e menos escolarizada, o ex-presidiário descondenado teve as maiores votações.


No segundo turno é diferente! Não existe mais a compra de votos. Os compradores nessas eleições, quase todos candidatos a deputado estadual ou federal, desativaram seus comitês eleitorais e não têm mais interesse pessoal em "amarrar o voto".


Governadores, prefeitos e boa parte dos políticos, claro, vão continuar apoiando os seus candidatos no segundo turno, mas com muito menos intensidade e sem dinheiro para o eleitor. Nesse contexto, a influência do dinheiro no segundo turno é quase nula. A meu ver, a eleição será decidida em Minas Gerais. Assim, o governador reeleito, Romeu Zema, é peça chave no jogo político. Outros estados a observar alianças e tendência do eleitorado neste segundo turno são RJ, SP, RS e BA, que contam com grande eleitorado.


 
 
 

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